Comprar medicamentos é um hábito costumeiro no Brasil. Segundo dados do Conselho Federal de Farmácia, existe um estabelecimento de venda de remédios para cada 3.300 habitantes. Com tanta demanda, é importante deixar claros os cuidados necessários quanto ao armazenamento, consumo e descarte desses produtos.
Guardar o medicamento de maneira adequada é essencial para que seu prazo de validade não seja encurtado. Como são produtos químicos, muitos fatores externos podem influenciar na efetividade dos remédios.
“A partir do momento em que a gente adquire um medicamento, é muito importante nos atentarmos à forma de armazenamento. Primeiramente, evite lugares úmidos e muito quentes, além de evitar muita luz, para que a medicação não perca sua eficácia”, explica a farmacêutica Simone Nunes de Magalhães.
Confira algumas dicas de armazenamento levantadas pela farmacêutica:
Outro cuidado necessário é manter os medicamentos distantes de produtos de limpeza. Simone alerta que, muitas vezes, esses produtos têm uma coloração semelhante à dos remédios. “O paciente pode acabar confundindo a medicação com algum objeto e fazer uso desse produto de limpeza, o que pode gerar uma intoxicação”, esclarece.
Como já dito, a temperatura é um fator primordial na hora de guardar uma medicação. Os principais remédios que devem ser armazenados na geladeira são aqueles que requerem reconstituição, como as insulinas, os hormônios, o soro fisiológico e alguns antibióticos.
É importante não posicionar os medicamentos anteriormente citados na porta do aparelho. “Essa medida é importante para evitar que o ‘abre e fecha’ da geladeira interfira na temperatura dos medicamentos. O ideal é guardá-los numa caixa de isopor”, pondera a farmacêutica.
Além do armazenamento, jogar fora um medicamento também é parte essencial do uso com segurança. Seja um remédio de via oral ou injetável, há a maneira correta de descartá-lo.
Farmácias, pontos de coleta e unidades de saúde realizam a coleta de medicamentos e frascos. No caso de uma medicação vencida, a recomendação é descartar em um saco leitoso, além de jamais jogá-la em pias ou vasos sanitários.
As bulas e caixas podem ser descartadas em lixo reciclável, já que não têm contato direto com a medicação.
Apesar de costumeiro, partir uma medicação ao meio sem a indicação de um médico não é recomendado. A partir do momento em que o paciente pratica essa divisão, não há como saber se a dose está certa, e ele pode tomar a dosagem errada, seja para menos ou para mais.
“A prática de dividir um medicamento no meio não é mencionada por nós farmacêuticos. Muitos fazem por um ‘custo-benefício’. Mas isso está fora de cogitação. A probabilidade de deixar o paciente vulnerável à toxicidade é muito grande”, conclui Simone.
Fonte: https://drauziovarella.uol.com.br